Rômulo Milhomem Freitas Figueira
Neves (Anápolis, Goiás,
31 de outubro de 1977), conhecido como Rômulo Neves, é um escritor,
professor, jornalista e diplomata brasileiro.
Graduado em Ciências Sociais, com especialização em Economia e
Relações Internacionais, e mestre em Sociologia e
Diplomacia, se tornou nacionalmente conhecido após participar
da 17ª edição do programa Big Brother Brasil (BBB),
da Rede Globo.
Em 2010, foi candidato a deputado
distrital pelo PSB. Já em 2014, atuou na coordenação da campanha e na transição
do candidato vencedor ao governo do Distrito Federal naquele ano, Rodrigo Rollemberg, ocupando sua chefia de
gabinete até fevereiro de 2016, quando deixou o governo e se desfiliou da
legenda. Atualmente é filiado à Rede Sustentabilidade.
Em 2016, publicou o livro Terminal,
uma antologia com poemas escritos entre 1999 a 2016. Com esta obra participou
da 3ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura. Em 2017 participou da 3ª Feira do Livro de Resende. Como jornalista, teve passagens por
veículos como a Folha de São Paulo e
a Gazeta Mercantil. Ingressou na carreira diplomática em 2005, tendo recebido o
prêmio Araújo Castro de Melhor Dissertação e servido nas embaixadas do Brasil
na Venezuela, Suriname e Etiópia. Atualmente apresenta o programa Jazz Brasil,
transmitido pela Rádio
Nacional, foi fundador da Rádio Livre da Universidade de São
Paulo e é vice-campeão brasileiro de triathlon.

A obra
reúne parte da produção escrita desde 1999, além de ilustrações e fotografia de
autoria de Neves. “Não é tudo que eu escrevi que está publicado. Se eu fosse
colocar tudo, teria material para mais dois livros do tamanho de ‘Terminal’.
Fiz uma seleção, da qual dos primeiros anos poucos poemas sobreviveram. Sempre
fui mais crítico com a minha própria obra do que com a obra dos outros”, conta
o autor.
“Terminal”
tem 136 páginas divididas em seis seções: Egos, Eros, Ecos, Êxodos, Ethos e
Elos, que tratam respectivamente da construção da personalidade, da
sexualidade, do diálogo com outros poetas, do diálogo com o espaço, de
situações do cotidiano e da relação com a própria literatura.
Apesar da
divisão, os fins são apenas didáticos. Neves segue a mesma linha de escrita,
mas admite que amadureceu na produção. “Mudei e aprendi novas formas de ver e
de abordar os temas. Mas minha essência permanece desde o início”, reflete o
escritor.
Egos – trata de temas ligados à
formação da personalidade do poeta, que tanto podem ser eventos marcantes, como
reflexões sobre o significado dessas passagens, uma delas, a morte.
Eros – lida com a sexualidade e os
desejos que, muitas vezes, moldam as ações e escolhas do poeta. Caminha na
linha tênue entre o erotismo e a pornografia.
Ecos – apresenta poemas elaborados
sobre a estrutura ou a temática de outros poemas e poetas caros ao autor. Dois
dos poemas sobre poesias de Drummond, por exemplo.
Êxodos – contém os poemas que
dialogam com o espaço urbano, com as cidades, especialmente São Paulo e
Brasília, que marcam a experiência do poeta.
Ethos – poemas de caráter reflexivo,
sobre as relações humanas, seus vícios, paradoxos, contradições e eventuais
epifanias.
Elos – um diálogo com a produção
literária em si, seus significados, limites e desafios. Metalinguagem sobre o
fazer poético.
Caminhos
Os túneis
para amanhã
escondem
por trás
das estruturas
de concreto,
na escuridão
da travessia,
hojes formidáveis.
Os trilhos
para amanhã
escondem
por trás
das dúvidas
e perguntas
de cada bifurcação
certezas
impublicáveis.
Baixa do Glicério – São Paulo
A fogueira sob o semáforo,
à beira do asfalto, completa o palco
do banquete horrendo, na noite fria.
Quatro peles famintas
e todos os ratos no espeto.
Em vermelho, amarelo e quase verde,
o fogo colore,
regrando os nacos da carne repulsiva
às quatro digestões em jogo, em gozo,
em preto sem branco.
Em vermelho, amarelo e verde,
traveste-se o totem moderno,
que não regra nada mais
nesse pedaço do inferno.
Acocorados em volta do lume,
os comensais mal viram o
atropelamento
de um dos convidados,
mas a brasa ainda reluzia
e, como nada era mais tormento
e o estoque de roedores diminuía,
os três restantes contemplaram com
cobiça
os músculos imóveis do corpo que
jazia.
O vermelho, o verde e o amarelo
ainda iluminaram, noite adentro,
o sagrado e sangrento instituto
da antropofagia.
Dia 19 de Agosto às 17 horas no Jardim Botânico no estacionamento em frente a ESAF, começa o Festival Gastronômico e Cultural da Confraria das Margaridas a qual fez parceria com Fuxico Literário. Estaremos lá com diversas atrações:
-Oficina de Fuxico - União do Artesanato com a Literatura.
- Encontro de Escritores - Lançamento de livros e sessão de autógrafos.
-Roda de poesias - Recitais poéticos - 10 Poetas no giral de poesias.
* Varal de poesias - Você poderá escolher a sua poesia impressa e leva-la para casa.
-Exposição Literária - Livros novos e Livros lidos e a famosa troca de Livros.
- Exposição Artesanal - Produtos Pink Fashion e Mercearia Criativa.